O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) foi preso na última sexta-feira (20) durante uma ocupação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Juntamente com o parlamentar, dois estudantes e um jornalista também foram detidos pela tropa de choque da Polícia Militar. A abordagem policial incluiu o uso de spray de pimenta para dispersar os manifestantes.
Glauber Braga, em suas redes sociais, criticou a ação policial, afirmando que a prisão de um parlamentar deve ocorrer apenas em casos de flagrante delito por crime inafiançável. Ele denunciou o que considera uma "truculência" do governo de Cláudio Castro e da administração da Uerj, defendendo que “lutar não é crime” e chamando a atenção para a crescente repressão aos direitos de manifestação.
Este episódio se insere em um contexto mais amplo de tensões entre autoridades e movimentos sociais no Brasil, onde a liberdade de expressão e o direito à manifestação têm sido alvo de crescente preocupação. O incidente na Uerj reacende o debate sobre o autoritarismo e as práticas de repressão em manifestações pacíficas, levantando questionamentos sobre o papel da polícia em situações de protesto.
A situação na Uerj e a detenção de figuras públicas como Glauber Braga refletem a polarização política atual e as lutas por direitos civis no país. As reações a esse evento estão sendo acompanhadas de perto por grupos de direitos humanos e pela sociedade civil.
Glauber Braga
Deputado federal pelo Psol do Rio de Janeiro, foi eleito deputado federal nas eleições de 2018, quando recebeu aproximadamente 70.000 votos. Ele se destacou por sua atuação em temas como direitos humanos, justiça social e meio ambiente, o que contribuiu para sua popularidade entre os eleitores.
Recentemente, Braga foi um dos protagonistas em debates sobre a proteção da Amazônia e a luta contra as queimadas, frequentemente denunciando práticas de desmatamento ilegal. Além disso, ele tem se posicionado firmemente em defesa dos direitos dos trabalhadores e em prol de políticas públicas que atendam as demandas das populações vulneráveis. Frequentemente visto como um político de esquerda, e pelo seu forte ativismo e críticas ao governo alguns adversários o rotulam como extremista.
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